Soneto IX
Perto de ti sou como o gato
Que comeu o rato na frente do cão
Sou como a segunda vogal do hiato
Que num difícil parto, parte a construção.
Sou a sentença que comete desacato
Perto de ti não sou mais que chão
Derramado, sujo, que não conhece trato
E tem por bem o pisar da ingratidão.
Perto de ti não tenho paz nem calma
Sou a sombra esmagada pelo riso
Do sol gritando um dia de verão
mas sei que se ainda tivesse alma
já a perdia de novo se preciso
só pra comer e beber da tua mão
Que comeu o rato na frente do cão
Sou como a segunda vogal do hiato
Que num difícil parto, parte a construção.
Sou a sentença que comete desacato
Perto de ti não sou mais que chão
Derramado, sujo, que não conhece trato
E tem por bem o pisar da ingratidão.
Perto de ti não tenho paz nem calma
Sou a sombra esmagada pelo riso
Do sol gritando um dia de verão
mas sei que se ainda tivesse alma
já a perdia de novo se preciso
só pra comer e beber da tua mão
1 Comments:
Pedro, este é obra prima.
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