Wednesday, June 07, 2006

Soneto VII (glosa a um verso de Camões)

Não estou, eu sou sozinho! um ser sem par
As variáveis que traçaram meu destino
São estrelas que tentaram se matar
E deuses velhos que perderam o raciocínio

Os fados poderosos cumpriram seu desígnio
Com tal empenho cuidaram em me dobrar
Que dou por certo e tento achar benigno
O que o mundo todo toma por azar

Descobri a loucura toda! tenho tino
Não basta a Mudança mudar, Amor trair
Andar curvado por entre a gente...

Sentir-se derrotado? eu que pude amar?
quem de vós entoaria o vaticínio
"erros meus, má fortuna, amor ardente"?


Pedro Furtado

3 Comments:

Blogger Ivair Antonio Gomes said...

Caramba amigo, profundo e doido... algo mais para falar, melhor ler e tentar entender...entender o ser que consegue escrever... isso é algo muito pessoal... se te dou os parabéns? posso te dar um por cada linha, pois mereces

12:55 PM  
Blogger Lucifer_Sam said...

bah...frescura relativamente bem articulada!

12:33 PM  
Blogger Lucifer_Sam said...

hmmm; tvz eu tenha me excedido;
good shit actually, i mean, really good; publica essas coisas em papel macaco!

5:34 PM  

Post a Comment

<< Home