Soneto XXXII
Sem olhos em gaza ao crime espero
Que ao menos não ouça a voz do escravo
Do baixo, inerte, arengar que travo
Co'a insanidade e co'desespero
'Sperai! que desta luta me tempero
Moverei a mão que retém o cravo
E se crer tiver aí valor bravo
Crede! que só nisso Amor é vero
Descerei da cruz que o luar fulmina
Não! não sou Jesus, mas o da esquina
O torto! o mau! o que não quer perdão!
Aquele que vem e os anjos se agitam
Parecem saber o que é dor e gritam
Mas quando souberem, eles gritarão?
Pedro Furtado
Que ao menos não ouça a voz do escravo
Do baixo, inerte, arengar que travo
Co'a insanidade e co'desespero
'Sperai! que desta luta me tempero
Moverei a mão que retém o cravo
E se crer tiver aí valor bravo
Crede! que só nisso Amor é vero
Descerei da cruz que o luar fulmina
Não! não sou Jesus, mas o da esquina
O torto! o mau! o que não quer perdão!
Aquele que vem e os anjos se agitam
Parecem saber o que é dor e gritam
Mas quando souberem, eles gritarão?
Pedro Furtado
1 Comments:
A récita me trouxe aqui pelos versos finais. Bonito, muito bonito.
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